sexta-feira, 12 de novembro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
sábado, 16 de outubro de 2010
Uma questão
Como estar de fora sem ser sujeito?
Não há fora, tudo é dentro.
Nada de fora, dentro de nada.
Mas há dentro sem fora?
Há o fora de dentro.
Como?
Gozo, experimentação.
Processo de subjectivação.
E o dentro de fora? Aí a questão pode ser recolocada. Há a imanência da transcendência, pensada quer como totalidade, quer como assinatura - a imanência de traços ou estruturas da transcendência -, quer como substância abissal da divindade (Boehme, Schelling). Mas há igualmente outra questão: a da Pessoa de Deus.
Talvez para lhe responder não se continue em frente, mas se volte atrás. Não para impedir o que quer que seja de vir, mas para assumir a questão.
Talvez o que quer que seja a vir seja o dentro de fora - continue-se portanto em frente e a questão restará por assumir.
Não há fora, tudo é dentro.
Nada de fora, dentro de nada.
Mas há dentro sem fora?
Há o fora de dentro.
Como?
Gozo, experimentação.
Processo de subjectivação.
E o dentro de fora? Aí a questão pode ser recolocada. Há a imanência da transcendência, pensada quer como totalidade, quer como assinatura - a imanência de traços ou estruturas da transcendência -, quer como substância abissal da divindade (Boehme, Schelling). Mas há igualmente outra questão: a da Pessoa de Deus.
Talvez para lhe responder não se continue em frente, mas se volte atrás. Não para impedir o que quer que seja de vir, mas para assumir a questão.
Talvez o que quer que seja a vir seja o dentro de fora - continue-se portanto em frente e a questão restará por assumir.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
sexta-feira, 30 de abril de 2010
O que fazer quando um espaço é totalmente branco e o único movimento aí presente é o de uma tautologia infinita em que a escrita referencia sem cessar essa branquidão? Quadrado branco sobre fundo branco. Detesto questões retóricas, contudo, elas testemunham por vezes uma real escrita do impossível.
O que fazer quando uma compulsão qualquer persiste para além de todo o conhecimento, de toda a vontade, de todo o gosto? Ding an sich. Nem sequer chegando a ser uma sublimidade, mas algo de terrivelmente banal: a gravidade da terra presente, em toda a sua medonha espessura, numa simples constatação de facto - o facto de se ser. Um verdadeiro feito, mas não uma proeza.
Por outro lado, tenho a perfeita noção, eu, de que pensar nesta escrita como uma escrita do vazio é uma mentira. Desde quando o vazio é sinónimo de viscosidade psíquica? Desde quando o vazio exuma uma fragrância fétida, como se uma protuberância larviforme se ocultasse no seu interior? Um não-nato, aborto monstruoso de algo que nada veio a ser.
O que fazer quando uma compulsão qualquer persiste para além de todo o conhecimento, de toda a vontade, de todo o gosto? Ding an sich. Nem sequer chegando a ser uma sublimidade, mas algo de terrivelmente banal: a gravidade da terra presente, em toda a sua medonha espessura, numa simples constatação de facto - o facto de se ser. Um verdadeiro feito, mas não uma proeza.
Por outro lado, tenho a perfeita noção, eu, de que pensar nesta escrita como uma escrita do vazio é uma mentira. Desde quando o vazio é sinónimo de viscosidade psíquica? Desde quando o vazio exuma uma fragrância fétida, como se uma protuberância larviforme se ocultasse no seu interior? Um não-nato, aborto monstruoso de algo que nada veio a ser.
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